Archive for the ‘Rumi’ Category

A Alquimia do Amor

10 de dezembro de 2013

Obrigado, Obrigado, Obrigado.

Rumi Recordar

13 de novembro de 2012

 

Sê como o Sol para a Graça e a Piedade.
Sê como a noite para encobrir os defeitos alheios.
Sê como uma corrente de água para a generosidade.
Sê como a morte para o ódio e a ira.
Sê como a Terra para a modéstia.
Aparece tal como és.
Sê tal como pareces.

Se pudesses libertar-te, por uma vez, te ti mesmo,
o segredo dos segredos se abriria para ti.
O rosto do desconhecido, oculto além do universo,
apareceria no espelho da tua percepção.

Na realidade, tua alma e a minha são o mesmo.
Aparecemos e desaparecemos um com o outro.
Este é o verdadeiro significado das nossas relações.
Entre nós, já não há nem tu, nem eu.

O vale é diferente, acima das religiões e cultos.
Aqui, em silêncio, baixa a cabeça.
Funde-te na maravilha de Deus.
Aqui não há lugar para religiões nem cultos.

Há uma Alma dentro de tua Alma. Busca essa Alma.
Há uma jóia na montanha do corpo. Busca a mina desta jóia.
Oh, sufi, que passa!
Busca dentro, se podes, e não fora.

No amor, não há alto nem baixo,
má conduta nem boa,
nem dirigente, nem seguidor, nem devoto,
só há indiferença, tolerância e entrega.

Rumi

Obrigado, Obrigado,Obrigado.

Rumi

18 de setembro de 2012


Obrigado, Obrigado, Obrigado.

“Eu Sou Tu”

12 de julho de 2012

Sou as partículas de pó à luz do sol,
sou o círculo solar.

Ao pó digo: – Não te movas.
E ao sol: – Segue girando.

Sou a névoa da manhã
e a brisa da tarde.

Sou o vento na copa das árvores
e as ondas contra o penhasco.

Sou o mastro, o leme, o timoneiro e a quilha
e o recife de coral em que naufragam as embarcações.

Sou a árvore em cujo galho tagarela o papagaio,
sou silêncio e pensamento, e também todas as vozes.

Sou o ar pleno que faz surgir a música da flauta,
a centelha da pedra, o brilho do metal.

Sou a vela acesa e a mariposa girando louca ao seu redor.
Sou a rosa e o rouxinol perdido em sua fragrância.

Sou todas as ordens de seres,
a galáxia girante,

A inteligência imutável,
O ímpeto e a deserção.

Sou o que é e o que não é.
Tu, que conheces Jalaluddin.

Tu, o Um em tudo, diz quem sou.
Diga: Eu sou Tu.

(Jalad ud-Din Rumi)

Obrigado, Obrigado, Obrigado.

“A raiz da raiz de teu ser”

12 de julho de 2012

Não te afastes, chega bem perto!

Crê, não sejas infiel,
encontra o antídoto no veneno.
– Vem, retorna à raiz da raiz de ti mesmo.

Moldado em barro,
misturado porém à substância da certeza,
tu, guardião do tesouro da luz sagrada,
vem, retorna à raiz da raiz de ti mesmo.

Ao vislumbrares a dissolução
serás arrancado de ti mesmo
e libertado de tantas amarras.
– Vem, retorna à raiz da raiz de ti mesmo.

Nasceste dos filhos dos filhos de Deus,
mas fixaste muito abaixo a tua mira.
Como podes ser feliz assim?
– Vem, retorna à raiz da raiz de ti mesmo.

És o talismã que protege o tesouro
e também a mina onde se encontra.
Abre teus olhos, vê o que está oculto.
– Vem, retorna à raiz da raiz de ti mesmo.

Nasceste de um raio da majestade de Deus
e carregas a bênção de uma estrela generosa.
Por que sofrer nas mãos do que não existe?
– Vem, retorna à raiz da raiz de ti mesmo.

Aqui chegaste embriagado e dócil
da presença daquele doce amigo
que com o olhar cheio de fogo
roubou nossos corações.
– Vem, retorna à raiz da raiz de ti mesmo.

Nosso mestre e anfitrião, Shams de Tabriz,
colocou a taça eterna diante de ti.
Glória a Deus, que vinho tão raro!
– Vem, retorna à raiz da raiz de teu ser.

(Jalad ud-Din Rumi)

Obrigado, Obrigado, Obrigado.

“O Mundo Além da Palavras”

3 de julho de 2012

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“Dentro deste mundo há um outro mundo impermeável às palavras.
Nele, nem a vida teme a morte, nem a primavera dá lugar ao outono.
Histórias e lendas surgem dos tetos e paredes, até mesmo as rochas e árvores exalam poesia.
Aqui, a coruja transforma-se em pavão; o lobo, em belo pastor.
Para mudar a paisagem, basta mudar o que sentes;
E se queres passear por esses lugares, basta expressar o desejo.
Fixa o olhar no deserto de espinhos.
– Já é agora um jardim florido!
Vês aquele bloco de pedra no chão?
– Já se move e dele surge a mina de rubis!
Lava tuas mãos e teu rosto nas águas deste lugar, que aqui te preparam um fausto banquete.
Aqui, todo ser gera um anjo; e quando me vêem subindo aos céus, os cadáveres retornam à vida.
Decerto viste as árvores crescendo da terra, mas quem há de ter visto o nascimento do Paraíso?
Viste também as águas dos mares e rios, mas quem há de ter visto nascer de uma única gota d’água uma centúria de guerreiros?
Quem haveria de imaginar essa morada, esse céu, esse jardim do paraíso?
Tu, que lês este poema, traduze-o. Diz a todos o que aprendeste sobre este lugar. ” Rumi
Obrigado, Obrigado, Obrigado.

“A Hora da União”

3 de julho de 2012

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“De toda a parte
chega o segredo de Deus.
Eis que todos correm desconcertados.
Dele, por quem todas as almas estão sedentas,
chega o grito do aguadeiro.
Todos bebem o leite da generosidade divina
e querem agora conhecer o seio de sua nutriz.
Apartados, anseiam por ver o momento
do encontro e da união.
A cada nascer do sol oram junto
muçulmanos, cristãos, judeus.
Abençoado todo aquele em cujo coração
ressoa o grito celeste que chama:
Vem, Limpa bem teus ouvidos
e recebe nítida essa voz –
O som do céu chega como um sussurro.
Não manches teus olhos
com a face dos homens
– vê que chega o imperador da vida eterna.
Se te turvaram os olhos,
lava-os com lágrimas,
pois nelas encontrarás
a cura de teus males.
Acaba de chegar do Egito
uma caravana de açúcar
– já se ouvem os sinos e os passos cansados

Silêncio…

Eis que chega o Rei
para completar o poema…”

Rumi
(Rumi nasceu em 1207 no Afeganistão, numa região que era então parte do império persa. Morreu em 1273. )

Obrigado, Obrigado, Obrigado.

Caminhos que se cruzam (9)

26 de junho de 2012

“Eu juro  meu querido filho,
ninguém em todo o mundo
é tão preciosa como você é.

Olhe para o espelho,
dê uma boa olhada em si mesmo.
Quem mais está acima e além de você?

Agora beije-se,
e com sussurros doces
preencha seus ouvidos até a borda.

Assista a todas essas belezas
refletindo a partir de você
e cante uma canção de amor para a sua existência.

Você nunca pode exagerar
louvando a sua própria alma
você nunca pode exceder mimando o seu coração.

Você é o pai e o filho
o açúcar e a cana-de-açúcar.

Quem mais além de você
por favor me diga, quem mais
jamais poderá tomar o seu lugar?

Agora dê um sorriso a si mesmo.
Qual é o valor de um diamante
se não brilhar.

Como eu posso colocar um preço
no diamante que você é?
Você é o tesouro inteiro da casa.

Você e sua sombra
estão sempre presentes neste mundo.
Você é aquele pássaro gloriosa do paraíso.

“RUMI, Fountain of Fire”, ghazal número 2148,
traduzidos 19 de janeiro de 1991 por Nader Khalili,
Cal-Earth Press, 1994

Obrigado, Obrigado, Obrigado.


Caminhos que se cruzam (8)

26 de junho de 2012

Obrigado, Obrigado, Obrigado.

Caminhos que se cruzam (7)

26 de junho de 2012

“Desde o início da minha vida eu fui à procura de sua face, mas hoje eu a vi. Hoje eu vi o charme, a beleza, a graça insondável do rosto que eu estava procurando. Hoje eu encontrei você, e aqueles que riram e desprezaram-me ontem,  lamento que eles não estavam olhando como eu fiz. Estou perplexo com a magnificência de sua beleza, e gostaria de vê-lo com cem olhos. Meu coração tem queimado com paixão e procurou sempre por esta maravilhosa beleza que agora eu vejo. Tenho vergonha de chamar isso de amor humano, e com medo de Deus chamá-lo divino. Sua respiração perfumada, como a brisa da manhã, chegou à quietude do jardim. Você deu vida nova para mim. Tornei-me seu brilho, e também a sua sombra. Minha alma está gritando em êxtase. Cada fibra do meu ser é apaixonado por você. Seu brilho acendeu um fogo em meu coração, e Você se fez radiante para mim na terra e no céu. Minha flecha do amor chegou ao alvo. Estou na casa de misericórdia, e meu coração é um lugar de oração”
Obrigado, Obrigado, Obrigado.

Caminhos que se cruzam (6)

26 de junho de 2012

“Não somos nada mais que poeira cósmica, em um universo infinito de complexidade e possibilidade. Se alguém estivesse interessado na minha reles e humilde opinião eu diria: Não julgues, e nem condenes. O mundo não esta ai para ser entendido, nem compreendido, nem o mundo nem a vida é racional! O mundo deve ser sentido!!! Plenamente! A vida é um dança louca, desenfreada. Meu intuído e somente ouvir seu ritmo secreto e então aprender a dançar.”
Obrigado, Obrigado, Obrigado.